A farsa no ser humano é algo terrível. Quando ele quer usar de personagens pra viver se torna ainda pior. No teatro as máscaras podem até não cair, mas na vida real um dia elas caem. Nada melhor do que o tempo para nos fazer descobrir segredos, analisar os fatos e compreender que o errado na história nunca fui eu. Na verdade, sempre fui eu quem nunca conseguiu interpretar outro personagem a não ser eu mesmo nesse palco da vida. Isso incomoda, e muito, àqueles que vivem de mentiras e disfarces. Que burlam a realidade para se apresentarem diante da sociedade das aparências como ela deseja que todos sejamos. Eu não procuro atender aos valores impostos por essa sociedade; eu não caminho na mesma mão em que todos estão se direcionando; estou, portanto, distante de viver essa descarada farsa. Quero ser eu mesmo. Com minhas imperfeições (se é que exista o perfeito aqui na terra), com minha vontade de viver, de amar, de doar-se e transformar. Lamento aos que não conseguem livrar-se definitivamente das máscaras. Embora entenda que não seja algo fácil. Mas, às vezes, nem há esforço para se despir delas! A VERDADE é assim, uma espada de dois gumes. De um lado ela permite dormir com a consciência leve e acordar sem receios. Do outro lado, ela te afasta de muitos que não sabem o que é vivê-la em sua plenitude. Que pena! Lamento mesmo por esses pobres seres humanos!!! Espero que não descubram tardiamente que nunca foram eles mesmos. Que haja tempo em vida de viverem seus verdadeiros personagens: ELES PRÓPRIOS.
John Sanctus.
